Mercado de Carbono em Movimento

Apresentada em julho do ano passado, a iniciativa Carbono Bayer nasceu para gerar soluções destinadas à mitigação dos GEEs (gases de efeito estufa) de áreas de produção agropecuária no Brasil e nos Estados Unidos, colocando o crédito de carbono como perspectiva de remuneração por serviços ambientais. Agora, a Bayer quer ir em frente, em recortes para que a iniciativa ganhe escala. Hoje (27), a multinacional alemã de biotecnologias, saúde e nutrição apresentou o Pro Carbono. A partir da safra 2021/2022, a Bayer está ampliando a cooperação com os produtores rurais dispostos a adotarem práticas agronômicas sustentáveis e que possam ser gerenciadas através de metodologias de quantificação de carbono sequestrado.


“É possível ter um sistema sustentável quando intensificamos o manejo das áreas”, diz Eduardo Bastos, diretor de sustentabilidade da divisão agrícola da Bayer para a América Latina. As parcerias levantadas pela empresa ocorrem com instituições financeiras, academia e com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O banco Itaú BBA foi a primeira instituição a se comprometer com pacotes de soluções financeiras aos produtores. Mas a parceria não é exclusiva e a Bayer espera atrair para o seu projeto outros bancos e instituições, como as seguradoras. “A partir de programas como o PRO Carbono, os agricultores poderão ser recompensados não apenas pelo que e quanto produzem, mas também pela forma como produzem”, afirma Bastos.


A partir do lançamento realizado no ano passado, o projeto atraiu cerca de 400 produtores, a grande maioria agricultores de soja e milho. Espalhados por 15 estados, foram analisadas nas propriedades 80 mil amostras de solo. “São produtores que já utilizam muita tecnologia e servem de exemplo do que pode dar certo”, afirma Fabio Passos, diretor do Negócio de Carbono da Bayer para a América Latina. Para atrair outros produtores, a Bayer está fechando parcerias com grandes cooperativas do Paraná e Santa Catarina. Sem revelar nomes, a empresa diz que as tratativas estão adiantadas. Nos dois estados estão gigantes do cooperativismo, como Coamo, Aurora, LAR, Cocamar, Castrolanda, Integrada, entre outras.


Com o Pro Carbono, a expectativa é dobrar rapidamente a participação de propriedades rurais, avançando para outras culturas. Como já aconteceu na primeira fase, os novos aderentes devem atender a pré-requisitos de conformidade social e ambiental, preservando as reservas e as áreas de proteção permanente, como manda o Código Florestal. Outra exigência é utilizar a plataforma de agricultura digital Climate FieldView, na qual se realizam as coletas e análises de dados. A plataforma pode sair de graça para o produtor, a depender do relacionamento com a empresa.


Em cada uma das propriedades, durante três anos serão analisados 30 hectares de culturas e manejos empregados que tenham como base metodologias desenvolvidas e estudadas por três unidades da Embrapa, localizadas no estado de São Paulo: a Meio Ambiente, no município de Jaguariúna; a Informática, em Campinas e a Instrumentação, em São Carlos. “A partir dos projetos e estudos científicos tanto da Embrapa como outras instituições, estimamos que, ao final do programa, será possível obter um potencial ganho médio de mais de 10% em produtividade e de mais de 6% em rentabilidade, sem contar o aumento do carbono no solo, do aporte de palha e de biodiversidade”, afirma Passos. “Ele é um projeto pioneiro e nós queremos construir os resultados juntos com os agricultores.” A empresa não informa qual o investimento nessa nova fase, mas o Pro Carbono está dentro da cota anual global de € 2 bilhões destinados à pesquisa e desenvolvimento de sua divisão agrícola.


A parceria com a Embrapa, que vem desenvolvendo projetos de carbono zero e carbono negativo, como a Carne Carbono Neutro, por exemplo, já dura mais de um ano. Com as universidades, entre elas Esalq/USP, as universidades estaduais paulista e de goiana (Unesp, UEPG) e as federais gaúcha e mineira (UFRGS e UFMG) o início se deu há seis meses e deve se estender para os próximos três anos. Além disso, os produtores terão à disposição um serviço de consultoria em práticas de manejo, como plantio direto, cultivo de cobertura e/ou rotação de cultura, e de impulsionadores de produtividade e carbono, entre eles a adoção de biotecnologia, uso de fertilizantes, bioinsumos e proteção de cultivos.


Fonte: Forbes





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